"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Generalista ou Especialista?


Dando continuidade a nossa série de postagens, um outro dilema enfrentado na área de tecnologia é o fato de sermos generalistas (tem conhecimento razoável em vários campos de conhecimento) ou especialistas (tem um excelente conhecimento em um campo de conhecimento). E para escrever este post, andei dando uma pesquisada pela web e não faltaram matérias e texto em vários blogs falando sobre o assunto. É um assunto exaustivamente discutido há muito tempo, mas neste post vamos ver um ponto de vista associativo que lhe ajudará a definir o que ser.

Mas antes de qualquer coisa é importante perceber como o mundo enxerga este dois profissionais. Vamos fazer uma comparação: Se eu pedir a você que associe um produto a uma empresa, veja qual produto você irá associar.

Se eu falar da Yamaha, você associa a motos ou instrumentos musicais? A maioria das pessoas esperam uma excelente moto da Yamaha, poderíamos dizer que a Yamaha é especialista em motos, ainda que ela faça bons instrumentos. Mas quem é especialista em instrumentos musicais? Não sou especialista em instrumentos musicais, mas não acredito que seja a Yamaha.

Se eu falar da 3M, você associa ao que? Talvez pensemos logo no Post-it, mas ela produz de patinhos de borracha à revestimento externo de ônibus espacial, poderíamos dizer que a 3M é uma empresa generalista.

As duas são empresas bem sucedidas, mas com focos diferentes. Na primeira a marca está diretamente associada ao produto que ela produz. Já na segunda, você deve ter na sua casa, no seu escritório, na mochila algum produto da 3M e nem sabe que foi ela que produziu, ou seja, a ênfase está no produto e não na marca.

Se formos nos comparar a uma empresa, nosso conhecimento é o nosso produto a ser oferecido à outras empresas. E o que desejamos é que as empresas associem este nosso conhecimento a nossa "empresa" (nós) e saibam onde encontra-lo. Ser especialista não significa saber apenas de uma coisa, mas saber muito bem sobre determinada área, e isto lhe fará ser procurado e ter um excelente conhecimento geral. É UM EQUÍVOCO achar que para ser especialista só precisa saber aquilo com o que se trabalha diretamente.

O mercado de TI é bem abrangente, bem como em outras áreas, por mais que se busque conhecimento um profissional não conseguirá saber tudo. Mas é importante que este profissional tenha uma visão geral sobre tudo. Para mim que estou na sala de aula, percebo a ansiedade dos alunos da graduação quererem já se especializar nela, outro equívoco!!! A graduação não é para nos especializarmos, é para nos dar conhecimento generalista, os cursos de especialização servem para isto acrescentar este conhecimento que não vemos detalhadamente na graduação.

Até os gestores, que a princípio pensamos que são generalistas, acredito que devem ser especialistas em motivação, gestão de pessoas, liderança, planejamento e tudo mais que é preciso conhecer para ser um bom gestor. Todavia, os gestores precisam ter o mínimo de conhecimento sobre a área técnica que estão gerindo, ou seja, precisam de conhecimento de generalista.

Resumindo... Seja bom, mas muito bom mesmo em uma área, mas conheça sobre áreas correlatas a sua.

Até a próxima semana.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Fazer o que gosta, ou fazer o que dá dinheiro?


Nestas últimas semanas do ano resolvi escrever sobre carreira e a escolha de profissões, para este primeiro post vamos falar sobre a profissão que escolhemos. O que é mais importante: fazer que gosta ou fazer o que dá dinheiro? Este é dilema enfrentado por muitos.

No início desta semana saiu uma matéria no IDGNow falando que por conta da crise financeira dos Estados Unidos, muitos estudantes estavam trocando curso de graduação em finanças por cursos de tecnologia. A justificativa para isto, era que os alunos originalmente voltados para tecnologia tinham migrado para finanças considerando ser mais lucrativo, com o agravamento da crise muitos alunos retornaram e até novos alunos buscaram o refúgio na área da tecnologia para garantir a empregabilidade.

O mundo inteiro está há mais de uma década de crescimento de empregos e de novas profissões nas áreas de tecnologia, e a tendência é que ainda tenhamos mais crescimento. Segundo a matéria do IDGNow, a expectativa é que nos Estados Unidos o número de engenheiros de software deva saltar de 507 mil para 733 mil nos próximos oito anos, e isto é apenas uma área de especialização.

Mas como devemos escolher uma profissão ou uma área dentro de uma profissão? Alguns especialistas dizem que o importante é fazer o que se gosta, o importante é ser feliz, ainda que sem dinheiro no bolso. Outros dizem que o importante é dinheiro no bolso ainda que não goste do que você faz.

Julgo que dinheiro não traz felicidade, na verdade, o amor excessivo ao dinheiro pode trazer vários danos ao caráter e a moral de qualquer indivíduo. Mas neste mundo globalizado e capitalista não podemos viver sem ele, precisamos suprir nossas necessidades e atender nossos desejos de forma equilibrada.

Assim, apenas o amor a profissão não é suficiente, o retorno financeiro atrativo é uma necessidade até nas filantropias, pois sem ele sua missão não será atingida. Precisamos ter de fato uma remuneração que atenda nossas expectativa dentro do valor de mercado da profissão, mas para isto precisamos buscar os meios adequados para alcancá-la, ela não cai do céu.

Costumo dizer que precisamos gostar do que fazemos, e fazermos o que é necessário. Para fazer o que gostamos, fazemos com o resultado do nosso trabalho, coisas como viajar, dar conforto e segurança para a família, comprar um bom carro, um linda casa, uma HDTV de 52 polegadas, um iPhone de última geração e tantas outras coisas que o resultado do seu trabalho possa adquirir.

Particularmente gosto muito do que faço, e comecei muito cedo. Assim, quando escolher algo para fazer pense que você deverá fazê-lo pelo menos por trinta e cinco anos. Conciliar o que se faz (ganhando bem) com satisfação pessoal na realização do trabalho é fundamental para uma vida profissional plena, mas se você ainda não atingiu isto, planeje-se e prepare-se para a luta.

O grande problema do fato registrado na matéria citada no início do texto é a mudança apenas pela onda. Se você está a procura de uma profissão, olhe para o futuro, pesquise e veja quais profissões são mais promissoras. E se ela atender ao seu desejo pessoal e financeiro PARABÉNS!!!

Até a próxima semana.
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