"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Google quer patente do gesto de coração

Por Ligia Aguilhar, no Estadão
Gesto com as mãos que forma a imagem de um coração seria usado para curtir uma imagem no Google Glass
SÃO PAULO – Depois da Apple entrar com um pedido de patente da palavra startup em diversos países, incluindo o Brasil, chegou a hora do Google surpreender com um pedido de patente igualmente inusitado. O site Engadget revelou na semana passada que a empresa registrou o pedido da patente do gesto que forma um coração com as mãos em 2011, nos Estados Unidos.
Reprodução do pedido de patente registrado pelo Google. FOTO: Reprodução/Engadget
O gesto do coração com as mãos seria usado para que os usuários “de um display vestível na cabeça” – provavelmente uma referência ao Google Glass – possam curtir o que estiver na sua frente e indicar nas redes sociais que a imagem foi curtida.
Além do coração, o pedido ainda inclui a solicitação da patente de outros gestos que podem ser usados em um dispositivo como o Google Glass para funções como cortar e dar zoom em uma foto. O pedido completo está disponível na internet.
Os entusiastas do gesto, no entanto, não precisam se preocupar. A patente se refere apenas ao uso do coração com as mãos nos produtos da empresa. O uso não-comercial continuará livre.

Samsung registra patente para óculos inteligentes

publicado na InfoExame
Oculos-1
A Samsung registrou uma patente do que pode vir a ser seu dispositivo concorrente com os óculos Google Glass.
A patente foi registrada nesse mês na Coreia do Sul e mostra um conceito com armação transparente, botões laterais e um painel frontal que traz uma câmera embutida.
Oculos-2
Segundo a descrição da patente, os óculos poderiam ser pareados com um smartphone para exibir informações ou controlar alguma função. Fones de ouvido também permitiriam ao usuário ouvir músicas ou receber ligações.
Ao contrário dos óculos do Google, a patente da Samsung exibe fios dos dois lados da armação do dispositivo com um plug conector na ponta dos mesmos. Por ser um conceito, ainda não se sabe se e quando a empresa poderá lançar seus óculos inteligentes.
Oculos-3
Via: WSJ

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

'O Android é tudo menos aberto', alfineta executivo por trás do Firefox OS


Andreas Gal (REPRODUÇÃO)

Rennan Setti, no O Globo

RIO - Depois de ter desafiado a Microsoft no segmento de navegadores ao criar o Firefox, há 11 anos, a Mozilla quer agora duelar com o Android, da Google. A organização sem fins lucrativos lançou no Brasil na terça-feira seu sistema operacional para celulares, o Firefox OS. Segundo o vice-presidente de mobilidade da fundação, Andreas Gal, o software tem como forte o fato de ser o único realmente aberto do mercado, já que “o Android é tudo menos aberto.”

— O Android é muito diferente do quê a gente vem fazendo. A Google gosta de associar o sistema ao movimento open-source mas, na verdade, ele é tudo menos aberto. A tecnologia Android pertence completamente à Google. É a empresa que decide quais tecnologias estarão no sistema, e o código-fonte só e liberado depois que uma nova versão do sistema é lançada — afirma o executivo da Mozilla, cuja sede fica a poucos quilômetros do Googleplex, em Mountain View. — Somos diferentes porque não estamos em busca de lucros. Não temos acionistas, nossos acionistas são os usuários.

De acordo com Gal, o que define o Firefox como aberto é o fato de absolutamente qualquer pessoa ou corporação poder contribuir para a construção do código, sejam os engenheiros da Telefônica, governos ou um adolescente com noções de programação. Além disso, o sistema permite a instalação de aplicativos diretamente da web, sem a necessidade de que sejam submetidos a uma loja de aplicativos.

Na opinião de Gal, só a web é capaz de suprir satisfatoriamente a demanda dos usuários por conteúdo. Ele repete uma conta: enquanto existem 8 milhões de desenvolvedores de aplicações para web, há apenas algumas centenas de milhares trabalhando na criação de softwares para sistemas como o iOS (do iPhone).

— Por que alguém do Brasil se submeteria a alguém de Cupertino (sede da Apple) ou de Mountain View para selecionar seu conteúdo? Em uma das primeiras vezes que estive no Brasil, comprei um telefone Android para experimentar como é o sistema aqui. Quando fui a loja de aplicativos, ficou claro pra mim que ela é gerida por uma empresa americana. A loja tinha todos os apps importantes... se você mora na Califórnia — disse o executivo, que é alemão e foi um dos criadores do Boot to Gecko, que se transformaria no Firefox OS.

O Firefox OS chegou ao Brasil por meio de uma parceria com a Vivo, cujas lojas estão vendendo smartphones equipados com o sistema, o LG Fireweb e o Alcatel Onetouch Fire. Segundo Gal, o país está entre os mais importantes dos dez onde o software foi lançado:

— O lançamento aqui não é qualquer um para nós, é muito especial. Estamos buscando um público que esteja fazendo a transição do celular antigo (feature phone) para smartphone, e o Brasil reúne esses consumidores. Muitas das características do sistema foram criadas pensando em brasileiros.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Ruanda aposta em tecnologia para superar passado e se transformar


Projeto Um Laptop por Criança já levou 200 mil computadores portáteis a mais de 400 escolas do país Foto: BBCBrasil.com
Projeto Um Laptop por Criança já levou 200 mil computadores portáteis a
mais de 400 escolas do país Foto: BBCBrasil.com
Publicado no Terra [via livros e pessoas]
Olive Uwineza, 12 anos, sonha em se tornar presidente quando crescer. Ela estuda em uma sala de aula com outros 30 alunos, em uma escola primária de alta tecnologia em Kigali, Ruanda.
Cada estudante tem um laptop, que usa animações para tornar as aulas mais divertidas.
As matérias favoritas de Olive são matemática e ciências, e ela acha que seria “muito difícil fazer as lições” sem o computador.
Cinco anos atrás, o projeto Um Laptop por Criança (OLPC, na sigla em inglês) foi lançado na escola de Olive, com apoio do governo e de ONGs. Desde então, 200 mil computadores portáteis foram distribuídos em mais de 400 escolas do pequeno país do leste africano.
A infraestrutura da escola de Olive também melhorou – foi modernizada com conexão wi-fi e softwares adaptados ao currículo escolar.
O projeto é um dos pilares da iniciativa Visão de Ruanda para 2020, que tem a ambiciosa meta de transformar o país em um de economia baseada em tecnologia, semelhante ao papel desempenhado por Cingapura no leste asiático.
Genocídio
Ruanda é mais conhecida pelo genocídio de 1994, em que integrantes da etnia hutu massacraram cerca de 1 milhão de pessoas – a maioria da etnia tutsi, mas também hutus contrários à carnificina.
Superar o genocídio e cicatrizar as feridas do país é uma das motivações do atual presidente, Paul Kagame, com o projeto 2020. Em entrevista à BBC, ele argumenta que o melhor acesso à informação poderia ter dado outras possibilidades políticas a Ruanda.
Diz, também, que a transformação do país em um polo tecnológico regional pode ajudar os ruandeses a “obter (melhores) empregos, alimentar suas famílias e reconquistar sua dignidade”.
Ruanda cresceu mais de 7% no ano passado, e reformas governamentais têm estimulado investimentos estrangeiros. O Banco Mundial colocou o país como o terceiro melhor “para fazer negócios” na África Subsaariana.
Mas essas conquistas estão ameaçadas por recentes tensões diplomáticas com doadores, já que o país está sendo acusado de ajudar a treinar soldados mirins na vizinha República Democrática do Congo – acusações estas negadas pelo governo.
Em outubro, os EUA impuseram sanções contra Ruanda, algo que deve abalar a capacidade do governo em atrair apoio econômico externo para a iniciativa 2020.
Comunicações
Por enquanto, porém, os projetos continuam.
Clare Akamanzi é a executiva-chefe do Conselho de Desenvolvimento de Ruanda, criado para transformar a Visão para 2020 em programas tangíveis.
A meta, diz ela, é se tornar um país de renda média em 2020 e “evoluir de uma economia agrícola para uma baseada em conhecimento, sobretudo de alto valor agregado”.
Neste ano, foi assinado um acordo com a empresa Korea Telecom para oferecer tecnologia 4G ao redor do país, com investimento estrangeiro de US$ 140 milhões.
O Estado instalou 3 mil quilômetros de cabos de fibra ótica nos últimos quatro anos e quer que a tecnolgia 4G ajude a melhorar a deficiente comunicação fora da capital Kigali.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Agora é oficial: Nexus 5 aparece no Google Play

Desta vez temos um vazamento oficial: por um breve período de tempo, o LG Nexus 5 ficou visível na página do Google Play e algumas pessoas puderam acessá-lo.

lg nexus play Agora é oficial: Nexus 5 aparece no Google Play


Além de confirmar a nova interface do Android 4.4 Kitkat, com menu de navegação e barra de status transparentes, há o destaque para incorporação do Hangouts à plataforma, substituindo o tradicional aplicativo de Mensagens.

A aparição também revelou um novo ícone para a câmera e uma breve descrição (com preço!) do novo dispositivo: “Capture o dia a dia e o máximo disso tudo de novas maneiras. A partir de US$ 349″ dizia a página do Google Play.

E claro, esses sortudos visitantes puderam capturar a bonita e limpa imagem no novo Nexus para todos nós.

Senhoras e senhores, aqui está o LG Nexus 5:

lg nexus 5 e1382060459210 Agora é oficial: Nexus 5 aparece no Google Play
Dica: Clique na imagem para ampliar. :-)

As reações gráficas da internet ao preço do PlayStation 4


Como não poderia deixar de ser, surgiram uma série de programas fictícios do
governo de apoio àqueles que sonham um dia comprar o console


Para os fãs, serão poucos aqueles que poderão comprar o novo PS4, e Eike Batista infelizmente está fora da lista.


O novo console da Sony já está até sendo ilustrado no site da Crefisa, segundo esta montagem.



Outra citação: Até Cazuza serviu para comentar o precinho de 4 mil reais.



Esta montagem ilustra bem como PS4 se tornou de “garota modelo” para “monstro” em apenas um dia.


Nesta montagem, o novo programa do governo garante o console mais barato para uma parcela da população.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Post de Dilma no Twitter provoca reunião extraordinária

publicado no A Tarde
  • Dilma elencou mercadorias que os beneficiários podem comprar
Ao anunciar em sua conta do Twitter que havia promulgado a lei do Minha Casa Melhor, programa que financia a compra de móveis e eletrodomésticos, a presidente Dilma Rousseff atropelou nesta quarta-feira, 16, seus subordinados e incluiu produtos que ainda não estavam na cesta de itens definida pelo governo.
Pela manhã, numa série de publicações no microblog, Dilma elencou mercadorias que os beneficiários do programa habitacional Minha Casa Minha Vida podem comprar a juros subsidiados de 5% ao ano e prazos de até 4 anos para pagar. Entre os eletrodomésticos, citou tablet e micro-ondas, dois itens que ainda não podiam ser comprados pelo cartão. Na lista dos móveis, incluiu adquirir armário de cozinha e rack.
A inclusão desses produtos na cesta do programa estava em discussão e dependia do aval do Conselho Monetário Nacional (CMN), que normalmente se reúne na última quinta feita do mês. Depois das mensagens de Dilma, porém, foi convocada para esta quarta uma reunião extraordinária do CMN para chancelar as informações dadas pela presidente a seus seguidores. O órgão é formado pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Saiba mais

Dilma sanciona Lei do
16/10/2013 | Comentários(0)
No Twitter, a presidente não informou que o programa seria ampliado, apenas listou os itens como se eles já fizessem parte das opções. O anúncio da decisão do CMN só foi feito depois das 19h da noite. O Ministério da Fazenda informou, por meio de nota, que a inclusão desses itens atende a uma demanda dos beneficiários.
O CMN também subiu o limite para a compra de produtos que já estavam na lista - máquina de lavar, cama de solteiro, mesa com cadeira, sofá e guarda-roupa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por que eu apaguei fotos e vídeos dos meus filhos da internet

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Há cerca de uma semana comecei a apagar todas as fotos e vídeos dos meus filhos que estavam na internet. Não foi uma tarefa nem um pouco fácil. Como muitos pais, compartilhei orgulhosamente cada um dos passos e marcos que eu e meus filhos demos no caminho.
Para ser sincero, além de definir permissões de privacidade no Facebook, não me preocupava muito ao compartilhar fotos dos meus filhos com a internet. Mantenho este blog (em diversos formatos diferentes) há quase uma década, e compartilhar coisas nele foi basicamente o que fiz nesse tempo. É meio que a essência dele. E, nos últimos anos, passei a escrever menos e postar mais no Facebook, mantendo o pensamento de “minha vida é um livro aberto” na rede social.
original
Minha visão sobre o compartilhamento de fotos das crianças era sempre das vantagens de ter uma maneira simples e centralizada de mostrar o crescimento delas para parentes que estão a milhares de quilômetros de distância, e isso superava a ameaça de pessoas estranhas terem acesso a elas.
Meses atrás li a opinião de Jeremy Goldkorn sobre o assunto. O artigo em si é ótimo para refletir, mas foi o seguinte trecho que fez mais sentido para mim:
Não é apenas sobre privacidade, mas também a identidade dos seus filhos. Somos seres humanos, não amebas. Como você se sentiria se a sua mãe e pai controlassem a sua presença em mídias sociais? É isso o que você faz com seus filhos.
Resisti um pouco antes de admitir, e aparentemente muitos outros leitores também, que agora vivemos em um mundo extremamente interconectado onde a privacidade não é simples como costumava ser. Eu pensava nisso estritamente como uma questão de “privacidade”, e achava que manter fotos de bebê na internet não era nada demais.
Nos meses seguintes, retornei ao tópico algumas vezes e passei a questionar mais essas coisas. Em resposta a Jeremy, John Biesnecker colocou o seguinte ponto em discussão:
Minha esposa e eu temos regras rígidas para postar coisas, e a mais básica delas é nunca postar algo que nós nos envergonharíamos caso nossos pais tivessem postado algo semelhante quando éramos crianças. Isso significa fazer escolha por nossos filhos? Sim, mas virtualmente tudo o que fazemos como pais de crianças pequenas significa escolha por eles – e algumas dessas escolhas têm impactos reais, materiais e imediatos na vida delas, impactos maiores do que postar uma foto no Facebook.
Seu ponto é bom, mas você não discorre sobre a inevitável identidade de uma pessoa sendo exposta na internet. Se isso é realmente inevitável – e eu concordo que é – então é muito melhor controlar essa narrativa na medida do possível do que permitir que ela seja moldada para você por outras pessoas.
Vale notar que John trabalha no Facebook, e podemos considerar que ao menos parte da sua opinião está alinhada com o que pensa a empresa. No entanto, ele levanta um ponto interessante sobre atuar como um guardião da identidade online do seu filho. E isso nos leva ao meu ponto de ruptura, o artigo de Amy Webb no Slate, onde ela compartilha a história de “Kate” e seus pais orgulhosos que adoram compartilhar tudo o que ela faz:

Morador de rua cria app sustentável depois de ganhar aulas particulares de programação

publicado no RPA
O nova-iorquino Patrick McConlogue começou um projeto social fascinante cerca de um mês atrás, ele ofereceu a um homem sem-teto, que passava todos os dias em seu caminho para o trabalho, duas opções: US$100 ou aulas de programação.
Curiosamente, o sem-teto chamado Leo aceitou a oferta das aulas de programação de McConlogue (ou seja, uma hora todos os dias úteis, correndo através de oito semanas), e começou a aprendizagem de programação com três livros de JavaScript e um laptop básico.
Nas semanas desde o início deste projeto incomum, Leo fez progressos impressionantes em seu estudo e está realmente trabalhando em conjunto com Patrick na construção de uma app de sustentabilidade chamado “Go Green”  – os dois planejam lançar o aplicativo no final de oito semanas do curso de programação de Leo.
A aproximação com Leo e a criação do app inspiraram a criação do projeto Journeyman, criado pelo próprio McConlogue. A intenção dele é criar uma rede que estimule o ensino de tecnologia e alcance um número maior de pessoas que precisam mudar de vida, como Leo. Além da página oficial, o projeto também mantém um perfil no Facebook.
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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Inferno eletrônico na Terra: onde os eletrônicos ocidentais vão para morrer

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por Andrew Tarantola, no Gizmodo
Enquanto consumidores do mundo inteiro aguardam o que há de mais novo e avançado nos eletrônicos de consumo, nossos antigos dispositivos digitais inundam e envenenam uma geração de crianças em Gana. O repórter Michael Ciaglo, do Colorado Springs Gazette, visitou recentemente uma área de processamento de lixo eletrônico na nação africana e voltou com algumas imagens perturbadoras. Você acha que o seu smartphone vale esse sofrimento?
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O local é chamado Agbogbloshie, um acampamento/aterro ilegal fora da cidade Acra, capital de Gana. Com cerca de 16.000 metros quadrados e lar de mais de 40.000 migrantes e refugiados, Agbogbloshie se tornou um dos principais “lixões digitais” do mundo. É o destino do entulho eletrônico do mundo desenvolvido, e processa milhões de toneladas de eletrônicos indesejados todos os anos.
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A maior parte do trabalho de processar o lixo é feito por jovens e crianças que queimam os eletrônicos para extrair o cobre valioso deles para trocar por centavos de dólar. Um “dia bom” de trabalho supostamente rende menos de US$ 4 por dia aos trabalhadores e ainda libera hordas de produtos químicos tóxicos no meio ambiente. Esses coquetéis mortais envenenam a terra, ar, água e trabalhadores próximos – prejudicando o desenvolvimento físico e mental deles.
Existem convenções internacionais para evitar que esse tipo de coisa aconteça, é claro – especificamente a Convenção da Basileia. Mas como no Haiti e Afeganistão, os Estados Unidos se recusaram a ratificá-lo, e empresas de muitos países que aderiram à convenção, incluindo Reino Unido e Japão, encontraram brechas nela. No começo dos anos 1990, países do Ocidente começaram a trocar eletrônicos de segunda mão com a África como forma de reduzir a diferença digital – e isso funcionou. Ganenses finalmente tiveram acesso a eletrônicos pessoais – que custam um décimo do que produtos novos custariam – mas as “doações” rapidamente apodreceram e se tornaram esquemas de dumping e exportação ilegal sob o pretexto de ajuda.
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