"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Você tem um plano de Cargos e Salários?


No interior onde nasci, quando alguém demorava refletindo sobre algum assunto, dizia-se que estava "matutando". Pois bem, estive "matutando" sobre a Gestão de Carreiras das empresas ou Planos de Cargos e Salários, e me veio o seguinte questionamento: "Quem deve gerir a nossa carreira é a empresa ou nós mesmos?". A primeira resposta que deve vir a sua mente é: claro que nós mesmos devemos gerir nossa carreira!. Mas será que de fato você tem gerido sua carreira ou colocado esta responsabilidade nas mãos da empresa que você trabalha ou deseja trabalhar, olhando apenas o para o plano de cargos e salários que ela oferece?

Não sou contra os Planos de Carreiras das empresas, pelo contrário, eles são extremamente importantes para que seus funcionários conheçam as intenções da empresa e saibam quais perspectivas podem ter, tanto do ponto de vista de progressão funcional como salarial. Esta perspectiva é importante pois se você acompanha anualmente o ranking das 500 maiores e melhores empresas para se trabalhar, verá que é crescente a valorização das perspectivas oferecidas pelas empresas. Isto porque precisamos alinhar nossos desejos com os desejo que guiam a empresa, assim seremos mais produtivos.

Mas na prática, o que você tem feito para de fato gerir sua carreira? Me fiz algumas perguntas até para me avaliar e ver o que preciso fazer para melhorar este gerenciamento. Dentre muitas coisas que você pode fazer como: definir onde você quer chegar, se preparar para chegar lá, criar uma network. A principal delas é estabilidade financeira.

Você deve estar me achando maluco, no meio de uma crise global, tanta gente perdendo emprego e muitos enfrentando reduções salariais para se manter no emprego, me ouvir falar de estabilidade financeira parece ridículo. Mas não é, e foi exatamente esta crise que me fez ver que devemos gerenciar nossa carreira e não se deixar guiar apenas pelos planos de cargos e salários. Raciocine comigo!

Em finanças não existe ministério, é matemática pura. Precisamos gastar menos do que ganhamos para não termos dificuldades financeiras. Se quisermos ter estabilidade financeira precisamos poupar parte do salário, algo em torno de 10 a 20%. Poupando mensalmente este percentual você estará caminhando para sua estabilidade financeira. Tive um professor na faculdade que dizia: temos que ter reservado pelo menos 6 salários. Isto lhe proporcionará trabalhar traçando uma meta pessoal, e viabilizando ela com suas economias, sem aguardar que a empresa, de boa vontade, lhe pague aquele curso que você deseja, ou você entre em algum programa de incentivo ao ensino.

Isto não é fácil, e não ocorre como em um passe de mágica, requer esforço e acima de tudo disciplina. Desta forma, se você conseguir equilibrar suas finanças você terá muito mais condições de determinar seu Plano de Cargos e Salários. Sem falar que, se você consegui gerir bem sua vida financeira, conseguirá gerir suas atividades diárias, sua carreira, seu futuro. Ampliar os horizontes e os alicerces nos fazem crescer, defina você mesmo seu plano de cargos e salário. Medite nisto!

Até a próxima!

Ps: Não deixe de avaliar e comentar o artigo, sua opinião é importante!

6 comentários:

  1. Ola, Rodrigo.
    Entendo por PCS, as regras que a empresa estabelece para a progressão de um empregado, bem como a forma de lhe remunerar pelo seu bom desempenho, diante da relação trabalhista.
    Contudo, a gestão de carreira é uma responsabilidade pessoal e intransferível.
    Ela tem ligações com a sua disciplina para atingir objetivos, como você mesmo disse, e com o foco que cada pessoa dá aos seus objetivos pessoais, bem como e as motivações que ele traz.

    Muito instigante sua provocação em tempo de crise.

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  2. BORA BRINCAR DE ATUALIZAR NÉ?!?!?!?!

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  3. É verdade... Final de semestre na faculdade são muitos projetos para avaliar e provas para corrigir. Em breve terá um novo post, já está no forno :)))

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  4. Rodrigo,
    Parabéns pelo post. Concordo plenamente com o André Maia quando o mesmo diz que "...a gestão de carreira é uma responsabilidade pessoal e intransferível...", o problema é que não somos acostumados a assumir responsabilidade sob nossos atos, ou no caso: omissões :), e estamos sempre vendo a empresa sob aquela ótica paternalista: "a empresa vai cuidar da minha carreira, basta eu me esforçar" ... parece brincadeira mas é assim mesmo que acontece né ? todos sabemos disso. Bom... resolvi assumir o controle de minha carreira há pouco tempo +- 1 ano e digo que é difícil pacas!! ainda estou apanhando e tenho muito que apreender, mas já comecei a colher os frutos dessa ação "corajosa" quando consegui,recentemente, migrar para a área de qualidade (era analista de sistemas). Achei interessante sua estratégia de ir pelo equilíbrio financeiro, acho a idéia bastante válida, até para conseguirmos um lastro para viabilizar a migração (se for o caso) como você bem observou, mas gostaria de acrescentar que a mudança / reflexão torna-se mais duradoura quando procuramos observar 4 pilares ou perspectivas: financeira (que você abordou), interna (motivações internas), externas (as relações com outras pessoas), e de aprendizado e conhecimento. Nesse processo de retomada de controle, um livro que me ajudou muito e gostaria de compartilhar com vocês foi o BSCP (Balanced Scorecard pessoal) do "Rumphersad" (agora fugiu a escrita correta), caso tenham oportunidade não deixem de lê-lo (apesar de apresentar uma visão meio holística, o livro ajuda muito nesse processo).
    Mais uma vez parabéns pelo post. O bicho foi tão bom que resolvi passar e deixar meu primeiro comentário em blog rssrsrsrs.

    At.
    Diego Lages
    Msn: diegoelages@hotmail.com
    Blog: http://diegolages.blogspot.com/

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  5. Rodrigo, muito bom o post. Eu acredito que o gerenciamento da carreira é do profissional, mas a empresa tem um papel importante, que recai sobre o profissional de qualquer formna, pois, se ela não é boa pra ele, ele é que deve procurar alguma que seja. Mas, como nem tudo é flores e as coisas não são tão rápidas e fáceis assim, a empresa tem um papel nisso também.

    A empresa em que trabalho tem plano de cargos, mas é uma piada, de mal gosto por sinal. O reconhecimento é dado por níveis anualmente. Só que só recebem, no máximo, 40% dos empregados e tem que ser extraordinariamente melhor que os outros ou muito babão pra receber. Sem contar que daqui a 20 anos, ganhando nível todo ano, meu salário aumentaria apenas 50%, o que é uma piada.

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