"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Seis lições de Steve Jobs para os negócios


Publicado originalmente emAdministradores
Steve Jobs demonstrou ser um homem à frente do seu tempo. De sua cabeça surgiu um admirável mundo novo de gadgets que ditam a vanguarda tecnológica. iPod, iPad, iPhone, iMac e ações que transformaram a Apple na maior companhia de capital aberto do mundo em valor de mercado. Veja abaixo seis lições que ele nos deixa:
Preocupe-se com todos os detalhes
A obsessão da Apple pelo design e pelos mínimos detalhes resultou em produtos elegantes que viraram tendências. Tudo é bem pensado para ser intuitivo e facilitar a vida do usuário. Por exemplo, você saberia dizer por que o botão de liga/desliga do iMac é sempre atrás? Para que, caso você esbarre sem querer, não apague o arquivo que está aberto no momento.
Desde o cabo de energia preso a um imã no computador para o usuário não tropeçar no fio, até a caixa personalizada que o produto é embalado. Atenção aos detalhes faz parte da Apple, e isso encanta seus consumidores. Aqueles que conseguirem implementar essa preocupação em seu trabalho e mostrarem dedicação ao extremo no que fazem ganharão um diferencial competitivo. A maioria das pessoas não está acostumada a um ambiente onde a excelência é a regra.
Continue faminto! Continue tolo!
No final do discurso que fez no encerramento do ano letivo da Universidade de Stanford, em 2005, Jobs – que nunca concluiu um curso universitário – deixou como último conselho aos formandos a seguinte mensagem: “stay hungry, stay foolish” (continue faminto, continue tolo). Retirada de um antigo almanaque que costumava consultar quando era mais jovem, a frase traduz aquilo que o executivo pôs em prática ao longo de toda sua vida.
Sempre faminto pelo novo, ele criou, transformou, reinventou, mas sempre se mantendo ciente das suas limitações. E é essa a mensagem que ele deixa para todos aqueles que também pretendem se aventurar em empreitadas como as suas, empreendendo novas ideias e colocando em prática seus sonhos.
Não tenha medo de errar
“Eu sou a única pessoa que eu conheço que perdeu 250 milhões de dólares em um ano”, disse Jobs, certa vez. Seja no trabalho, na universidade, no esporte ou em atividades diversas, o erro pode fazer parte de algum momento de nossas vidas. No entanto, a questão é como você lida com ele: uma besteira a ser esquecida ou um resultado que pode apontar uma nova direção? Steve Jobs nos ensina que o único homem que nunca comete erros é aquele que nunca faz coisa alguma.
Crie evangelizadores
Você já imaginou milhares de pessoas no mundo ansiosas para o lançamento de um produto que elas nunca viram e nem sabem para que serve? Então se espante, pois foi exatamente isso que aconteceu no lançamento do iPad, em janeiro de 2010. Em alguns lugares, os primeiros lotes do produto se esgotaram antes mesmo de chegarem às prateleiras.

Essa intensa fidelidade dos fãs da Apple tem justificativa e foi construída ao longo de sua história. Jobs costumava dizer que buscava que “todos os clientes ficassem satisfeitos”. E esse trabalho dedicado produziu legiões de fãs e vendedores não oficiais da Apple, os quais se transformaram em uma força de marketing tão poderosa quanto os mistérios que a empresa guardava.
Por sinal, a maioria dos atuais fãs da companhia conheceu um dos de seus produtos através da mídia ou da pergunta de algum conhecido: “você conhece a Apple?”
O francês Georges Chétochine, especialista em Marketing e Inovação, relata no livro “Buzz Marketing: sua marca na boca do cliente” que, quando a recomendação vem da nossa rede de relacionamentos, o nosso interesse em conhecer esse produto é bem maior do que uma propaganda comum. “A empresa não pode mais se contentar com um marketing clássico, racional e segmental”, afirma.
Prepare-se para falar
Quem já teve a oportunidade de assistir a uma apresentação de Steve Jobs não tem dúvida: ele possui o dom de persuadir as pessoas. A confiança, a clareza e o convencimento são elementos chaves que o acompanharam durante décadas nas suas palestras. Ao transformar os lançamentos de produtos da Apple em eventos memoráveis, Jobs estabeleceu novos padrões de apresentação para o mundo empresarial.
“Jobs não vende produtos, mas sim experiências. Suas exposições são verdadeiros acontecimentos, nos quais ele transforma consumidores em entusiastas de sua marca”, define o norte-americano Carmine Gallo, um dos principais especialistas mundiais em técnicas de comunicação e apresentação.
Para Gallo, o sucesso de Steve Jobs está em seu carisma moldado com a utilização de técnica, que abrangem a linguagem, a boa postura, os suportes visuais escolhidos e a emoção naquilo que falava. “Em suas apresentações pareça que não há esforço. E você sabe como ele consegue? Pela prática. Muita e muita prática. Ele trabalhou em seu ofício ao longo de décadas e, por isso, foi tão eficiente no que fez”, finaliza.
“Não concorra com os rivais, torne-os irrelevantes”
Muito do sucesso da Apple está em saber reinventar os negócios e criar soluções eficazes de acessibilidade tecnológica para o consumidor. Na era da CPU bege, com software hostil ao usuário e dos tocadores de CD, a Apple lançou o iMac e o iPod, mudando o conceito de computadores pessoais e a forma de armazenar músicas.
A empresa criou também a loja iTunes, novo modelo para o mercado de música digital, redefiniu o conceito de aparelho telefônico através do iPhone e inaugurou a era dos tablets com o iPad.
A mensagem que está no título deste tópico é do livro “A Estratégia do Oceano Azul”, de W. Chan Kim e Renée Mauborgne, e transmite muito bem a filosofia de Steve Jobs para os negócios.

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