Zac Vawter, 31, subiu 103 andares usando uma prótese comandada por seu cérebro (Foto: John Gress/Reuters) |
Um americano que perdeu a perna em um acidente de moto subiu ontem os 103 andares de um dos arranha-céus mais altos do mundo usando uma prótese biônica comandada por seu cérebro.
Após ficar sem o membro o engenheiro de software Zac Vawter, 31, tornou-se voluntário nos testes para a construção de uma nova geração de próteses para amputados.
A prótese de Vawter é muito diferente das comuns. Ela responde aos impulsos elétricos dos tendões do americano. Com o pensamento, ele desencadeia motores, correntes e correias que sincronizam os movimentos de seu joelho e tornozelos protéticos.
Essa comunicação entre o cérebro e a perna mecânica só foi possível porque Vawter passou por uma cirurgia para reposicionar seus nervos após a amputação. Eram eles os responsáveis por enviar à parte inferior da perna os comandos do cérebro.
A perna biônica usa esse sistema natural de comunicação. A tecnologia foi desenvolvida pelo Instituto de Reabilitação de Chicago há alguns anos, mas ainda está sendo aperfeiçoada.
Antes de completar a façanha, o americano passou horas ajustando o equipamento. Todo o processo foi acompanhado por um time de médicos e cientistas, que vão avaliar a performance do novo dispositivo.
Apesar do sucesso --Vawter completou a subida em pouco menos de uma hora--, os responsáveis dizem que ainda falta muito para a comercialização da prótese.
Segundo os cientistas, os mecanismos de controle da perna-robô precisam estar completamente testados e dominados antes que ela possa ser oferecida ao público, uma vez que falhas podem representar quedas e outros incidentes potencialmente perigosos para os pacientes.
O projeto foi orçado em mais de US$ 8 milhões.
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