"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Jovens adotam apps como Snapchat e WhatsApp para fugir dos adultos no Facebook

Rafael Capanema na Folha de S.Paulo
No fim de outubro, durante a apresentação dos resultados trimestrais do Facebook, o diretor financeiro da empresa, David Ebersman, afirmou que a rede social teve um “declínio em usuários diários, especificamente entre os adolescentes mais jovens”.
O motivo do êxodo, que tem beneficiado apps e serviços como o Snapchat e o WhatsApp, é simples: os jovens querem se comunicar longe das vistas de pais, parentes e professores, que muito provavelmente estão entre o 1,1 bilhão de usuários da maior rede social do mundo.
É a primeira vez em que um executivo do Facebook trata do assunto publicamente, mas há tempos a empresa se preocupa com as ameaças à sua hegemonia e age vigorosamente para combatê-las.
Quando percebeu que as pessoas compartilhavam cada vez mais imagens no Instagram, comprou o aplicativo, em abril de 2012.
Diante do sucesso do Snapchat, que permite enviar fotos e vídeos que se autodestroem em alguns segundos, criou um clone, o Poke, que foi um fracasso.
Depois, tentou comprar o próprio Snapchat por US$ 3 bilhões –o triplo do que pagara pelo Instagram–, segundo revelou o “Wall Street Journal” na semana passada.
Ainda na última semana, reformulou seu aplicativo de mensagens para Android e iOS, que agora pode ser usado para a comunicação entre pessoas que não são amigas no Facebook.
Além disso, o app tomou emprestado de mensageiros instantâneos populares na Ásia, como o WeChat (China), o Line (Japão) e o KakaoTalk (Coreia do Sul), o tom neon do novo ícone e a ênfase nas figurinhas (emoticons gigantes e ultracoloridos).
Nenhum desses concorrentes, porém, age como um substituto direto do Facebook, como o Google+. Além disso, eles às vezes são usados de formas que não haviam sido previstas por seus criadores, observou o analista Benedict Evans.
“As pessoas não estão usando o Instagram para fotos, o WhatsApp para texto e o Line para adesivos. Elas estão usando tudo para tudo: o Instagram para informar aos outros que vão se atrasar, o WhatsApp para compartilhar fotos, o Snapchat para fazer planos para a noite e assim por diante.”
Procurado pela Folha, o Facebook afirmou em nota: “De maneira geral, como o diretor financeiro do Facebook apontou, o uso do Facebook pelos jovens continua estável, eles continuam entre os usuários do Facebook mais ativos e isso está claro para múltiplas plataformas. O Facebook continua liderando em um ambiente em crescimento.”

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