Rede Wi-Fi aberta pode ser explicação para o mal entendido |
Um homem americano, então morador de Santa
Clara, na Califórnia, foi acionado na Justiça por baixar conteúdo pornô
ilegalmente na web. A notícia seria corriqueira se não fosse o fato dele
ser cego.
A notificação judicial chegou à casa de John Doe 2,057 (nome
fictício) em maio passado. Na carta, o escritório de advocacia Dunlap,
Grubb & Weaver avisava que Doe estava sendo processado pela empresa
Imperial Enterprises por baixar ilegalmente o filme erótico Tokyo Cougar
Creampies.
O especialista em segurança de redes se assustou com o fato. (Por meio de softwares especiais que ampliam parte da tela do computador e leem seus e-mails em voz alta, ele é capaz de trabalhar).
“Isso é um ridículo. Minha capacidade para assistir filmes é
inexistente. Meus filhos podem assisti-los, porém, eles têm quatro e
seis anos, e eu espero que eles não o façam”, declarou Doe ao site
NewTimes News.
Doe foi identificado pelo seu provedor por meio do número IP atribuído à sua conexão. E isso pode ajudar a desvendar o mistério.O homem alega que, na época, estava trabalhando 18 horas por dia, e que não tinha tempo para configurar seu roteador. Sua mulher comprou o aparelho e o conectou. Eles moravam em um prédio de alto padrão e não imaginavam que pudessem ter sua internet roubada pelos vizinhos.
No mesmo período, ele tem registros de reclamação junto ao seu provedor devido à baixa velocidade da conexão. O extrato de consumo de megas também supera o volume contratado.
Mesmo assim, Doe terá que enfrentar a corte. Caso perca, o homem pode ser condenado a pagar até 150 mil dólares por violação de direitos autorais.
Após tomar conhecimento das condições de Doe, o escritório de advocacia já sinalizou para um acordo “amigável”.
Porém, isso não o deixa mais feliz. "No final das contas, provavelmente terei que colocar a mão no bolso se quiser encerrar a história”, declarou ele.
/// Neste caso, acho que a justiça está sendo "cega"
Nenhum comentário:
Postar um comentário