Uma pesquisa realizada pela Gartner com usuários de redes sociais como Twitter, Facebook e Orkut afirma que "há sinais de maturidade no mercado" e há grupos de internautas que estão mostrando uma espécie de "fadiga das mídias sociais". Um levantamento sobre uso, frequência de acessos e opiniões dos usuários, com objetivo de analisar tendências feito com 6.295 pessoas, com idade entre 13 e 74 anos, em 11 mercados desenvolvidos e em desenvolvimento entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, mostra que parte significativa dos entrevistados disse que está usando menos as redes sociais.
Dos participantes, 24% disse que usa seu site de rede social
favorito com menos frequência do que quando se inscreveu. O grupo com
maioria de
'early adopters' mostrou tendências em optar por mais
praticidade e se entendiar mais facilmente. Entretanto, outro grupo mais
entusiasmado e também mais jovem, que corresponde a 37% dos
entrevistados, afirmou estar usando sites de redes socais ainda mais e
são os mais interessados em inovações.
- Os adolescentes e os que estavam perto dos seus vinte anos eram
significativamente mais propensos a dizer que tinha aumentado a
frequência no uso de redes sociais - disse Charlotte Patrick, analista
de pesquisas do Gartner. - Enquanto uma fatia significante que
representa outro extremo da pesquisa - e que mostra um certo equilíbrio
entre faixas etárias - afirmou estar usando menos os sites de redes
sociais - disse.
Redes sociais cansam o usuário com o tempo
A
pesquisa levantou uma pequena mostra de usuários, entretanto aponta para
uma "fadiga das redes sociais" entre os usuários mais antigos, de
acordo com Brian Blau, diretor de pesquisas da Gartner. Os resultados do
levantamento que mostram que 31% dos mais jovens também indicaram que
já estão ficando entediados com seu site preferido.
- É uma situação em que os fornecedores de mídias sociais devem
monitorar e decidir como terão que inovar para manter a atenção dessas
pessoas - afirmou Blau. - A nova geração de consumidores é inquieta e em
gasta pouco tempo no site, é preciso muita criatividade para gerar um
impacto significativo - acrescentou Blau que acredita que mudanças são
necessárias para prender o interesse em plataformas consideradas
"antigas".
Outros 33% dos entrevistados disseram estarem preocupados com a
privacidade on-line, uma tensão mais frequente nos mais velhos e não tão
presente do discurso dos mais jovens que afirmaram que a falta de
privacidade ainda não é um fator que os incomode.
Segundo o
Gartner, os mercados mais equilibrados para sites de redes socais são
Japão, Reino Unido e EUA, que apresentaram cerca de 40% dos
entrevistados usando cada vez mais seus sites preferidos do que quando
começaram, outros 40% usando da mesma forma e cerca de 20% usando cada
vez menos.
Entre os mais entusiasmados estão Coreia do Sul e Itália com
cerca de 50% dos entrevistados afirmando que usam sites de redes socais
com mais frequência do que quando se inscreveram neles.
Países com mais usuários entrevistados mostraram sinais da fadiga
como Brasil e Rússia, com uma faixa entre 30% e 40% das pessoas
afirmando terem menos entusiasmo com as redes hoje do que antes, quando
as conheceram.
Ainda de acordo com a pesquisa gigantes do setor como o Facebook
continuam em progresso em países onde "não são historicamente fortes" e
estão começando a conquistar os usuários de forma tardia.
No Brasil, Orkut ainda é mais usado pelos internautas
A
pesquisa ouviu 581 pessoas no Brasil, um dos países onde mais usuários
foram entrevistados. E de acordo com análise da BBC, o Orkut, rede
social da Google, ainda é o líder em usuários, seguido pelo YouTube -
que apresenta também funções sociais - e pelo Facebook.
"O Brasil é normalmente é citado como um dos países que adotam
com entusiasmo as redes sociais, mas nossa amostra de entrevistados não
exibiu essa tendência", afirma a Gartner em relatório. "O uso foi médio e
centrado principalmente no Orkut e no Facebook, com uma das taxas mais
altas de uso em serviços de mensagem instantânea e sites de chat entre
os usuários com até 40 anos", afirma.
Contrariando expectativas, os brasileiros também mostraram maior
preocupação com a privacidade do que usuários de outros países. Cerca de
46% disse que o tema preocupa ao acessar as redes sociais. A média
geral em todo mundo é de 33% de usuários aflitos com a exposição da vida
pessoal.
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