
Ao meu ver, as livrarias, editoras e autores estão passando por um processo similar ao que passaram os provedores. Precisam mudar a forma de ganhar dinheiro! Com os e-books, não se pode mais pensar em ganhar dinheiro com a venda pura e simplesmente de livros, pois, alguém tem dúvida que haverá pirataria? Não aprovo esta prática, mas sempre haverá um contraventor. Daí precisamos pensar de forma diferente, aproveitar a popularidade muitas vezes gerada pela pirataria e lucrar com ela. Deixem que façam seu marketing virtual e agreguem serviços como os provedores fizeram.
As potencialidades dos e-books são inúmeras e o mercado no Brasil e no mundo são cada vez maiores. Embora vivamos no dilema do ovo e da galinha travado entre editores de e-book e fabricantes de e-readers, o que precisa ser pensado paralelamente a este embate (e-readers não se popularizam porque não existem muitos títulos, os títulos não são produzidos porque os e-readers são poucos e caros) é o modelo de negócio.
A virtualização já é um fato, e a cultura, o conteúdo escrito já estão sentenciado à isto. Os preços precisam cair drasticamente, serviços e recursos precisam ser agregados ao conteúdo dos livros, acesso a internet pelos e-readers. A conectividade vai ser cada vez maior, celulares, netbooks, tablets, tv digital, geladeiras, microondas.... Ops! Me empolguei. Mas aguardem, a interatividade vai fazer parte do DNA da próxima geração. Você acha que o livro de papel (que eu adoro) vai resistir?
Até a próxima!