Na era da informação, trabalho colaborativo e o crescimento exponencial das redes sociais cabe corporativismo? Não, não cabe. A informação está no ar, ou melhor, na rede. A socialização virtual é umas das formas de fomentarmos idéias e projetos inovadores, a diversidade de experiências individuais, culturais e empresariais dentro das redes sociais deixa nossa mente em ebulição.
Universidades e centros de pesquisa, em todo mundo, tem aberto suas portas para comunidades externas à estes centros de excelência em educação. Esta abertura se dá muitas vezes através de ambientes virtuais de ensino colaborativo, pela disponibilização de material de estudo produzido e publicado pelos professores destas instituições. Uma destas iniciativas é a da Stanford Engineering, que disponibiliza todo material escrito, apresentações e palestra em vídeo stream para professores e alunos de qualquer parte do mundo.
No Brasil, esta cooperação e integração tem ocorrido de várias maneiras, ainda que tímidamente. Uma delas tem sido através de parcerias entre universidade/universidade, públicas ou privadas, e com universidade/empresas. A disseminação do conhecimento por parte das universidades e a abertura das empresas para que alunos façam uso de seus "ambientes" corporativos, como laboratórios e material humano como fonte de informação para construção de novos conhecimentos e aplicações práticas das teorias, ou simplesmente o incentivo na busca do conhecimento, contribuem para a redução do corporativismo institucional, inclusive entre centro educacionais, promovendo um ambiente naturalmente colaborativo e construtivo.
As redes sociais ajudam a reduzir o abismo entre as pessoas e as instituições, libera acesso a construção do conhecimento, sem importa-se com a bandeira institucional ou empresarial estampada no diploma ou na Razão Social da organização, mas na capacidade e individual e coletiva de produzir conhecimento que ajudem a resolver os problemas da humanidade. Estamos cada dia caminhado para uma maior integração e cooperação, e não podemos negar que as redes sociais têm tido um papel fundamental neste processo. Existem comunidades, ao redor de comunidades, sejamos inclusivos.
Por Rodrigo Cavalcanti
Formado em SI pela Faculdade Integrada do Recife - Estácio/FIR
MBA em Gestão Estratégica da Qualidade e Tecnologia pela Fac.Santa Maria
Analista de Sistemas do SERPRO - Serv. Federal de Processamento de Dados
Twitter (@rcavalcantis)
PS:
[Escrevi este artigo com uma motivação, não sou partidário do corporativismo, exclusivismo, separatimos e outros ismos, principalmente no que tange a informação e conhecimento. Na semana passada, hoje faz uma semana, o perfil do Centro de Informática da UFPE (@CInUPFE) publicou uma oportunidade, inicialmente exclusiva, para alunos, ex-alunos e professores de escrever para a coluna de Opnião do seu boletim de Notícias, que de pronto achei altamente corporativista, sendo posteriormente (após minha indagação) colocado como "preferencialmente" E NÃO "exclusivamente", OK, aceito.
Obviamente não fiquei calado e indaguei a razão disto, por motivos igualmente óbvios: há seguidores do twitter do CIn que não são do CIn, como eu, e há uma comunidade ao redor desta e de outras comunidades, como já justifiquei no artigo acima.
Pois bem, não tinha eu a intenção pessoal de escrever para este boletim, mas fui "convidado" a enviar um artigo após minha indagação sobre EXCLUSIVIDADE, que seria avaliada a possibilidade de sua publicação. Escrevi e enviei, não com a expectativa que ele fosse publicado, não tenho esta vaidade, mas pelo "desaforo" do Corporativismo explícito.
Enviei o artigo acima duas vezes para pessoas distintas, conforme orientação, e solicitei a confirmação pessoal de recebimento, que até a publicação deste post não foi recebida por mim.
Que fique claro, não estou publicando isto por "birra" de não ter sido publicado um texto simples como o que eu escrevi, mas para que fique um exemplo que UNIVERSIDADE e Centros de Excelência não adotem uma postura corporativista. Se me escrevessem: "Sinto muito, seu artigo não têm qualidade suficiente para ser publicado em nosso boletim", eu aceitaria, pela honestidade da crítica e honradez de responder ao meu envio. Se é uma canal de comunicação interno ou exclusivo, ótimo, deixe o Twitter do Centro fechado apenas para os que fazem parte dele e não seja público, pois, se é público é de todos e para todos. Interação é a alma das redes sociais.
Talvez poucas pessoas leiam o que escrevi, e os que lerem talvez não concordem comigo. Têm este direito. Mas, prefiro "INclusividade" à "EXclusividade"]
Nenhum comentário:
Postar um comentário