Peter Soondergard VP sênior e três analistas da consultoriar traçam o futuro, defendem a reinvenção da TI e revelam a importância de investir na experiência do usuário
Em meio a revolução dos meios de comunicação e a rapidez dos acontecimentos proporcionadas pelos dispositivos móveis associadas à computação em nuvem, chegou o momento de reinventar a tecnologia da informação, criar novos modelos de abordagem, novas formas de entregar TI, mas, acima de tudo, elaborar formas diferentes pensar, colocando a experiência do usuário como pivô de toda transformação. “É preciso esquecer tudo o que conhecemos até hoje em TI, não é o caso de remodelar ou modernizar, mas recriar a TI como um todo, investindo em simplicidade e nas experiências pessoais. Mas para que essas mudança ocorram será preciso muita coragem e ousadia dos CIOs”, aifmrou Peter Sondergaard, VP sênior do Gartner, durante palestra chave de abertura, que reuniu também outros três analistas da consultoria, no simpósio ITxpo-2011, realizada no Sheraton São Paulo WTC Hotel.
Nesta revolução, a mobilidade não é mais uma tendência. Segundo pesquisa do Gartner, em 2014, os sistemas móveis vão superar todos as plataformas PC. E até 2016 estima-se que 900 milhões de tablets serão comercializados, o que representa um tablet para cada 8 pessoas do planeta. Nesse sentido, espera-se muito mais da capacidade dos CIOs para que estejam envolvidos e preparados para desenvolver sistemas e aplicativos que forneçam experiências enriquecedoras aos usuários. “O PC está perdendo reinado, e, o que chama atenção é a mobilidade simplificando a vida das pessoas. Assim também deve ser a TI daqui para frente, construindo, por exemplo, aplicativos como o “Ushahidi” que funciona em qualquer plataforma e o cliente não precisa mudar os seus hábitos. É a TI se adaptando as pessoas e não o contrário”, avalia Elia San Miguel, analista do Gartner.
A analista também disse que para desenvolver inovações, descomplicar e oferecer experiências ricas é preciso pensar na computação em todo o seu contexto, ou seja, o que o usuário faz, onde está, o que busca, entre outros e assim usar tecnologia que os ajude de alguma forma, seja para se localizar em uma cidade, saber o que comer em um aeroporto ou comprar um sapato. “É preciso ser sensível ao contexto, desenvolvendo design centrado nas pessoas. Até 2015 é provável que seu dispositivo saiba mais de você do que você deles”, revelou Elia.
Mas antes de qualquer coisa é preciso mudar a forma de pensar, mudar a cultura das organizações e trazer mais inovações. Segundo pesquisa do Gartner 70% das empresas gastam seus recursos com TI para deixá-las do jeito que realmente são e apenas 30% investem em algo que pode proporcionar mudanças significativas. Para Tina Nunno, analista do Gartner, é preciso haver uma desconstrução dos sistemas existentes, pensar em como os recursos devem ser usados, não ter medo de assumir riscos (controlados), ser diferente e inovador. “É preciso criar do zero, surpreender clientes, funcionários e colocar a empresa em um patamar diferenciado. Decida o que vai destruir, derrube barreiras, acabe com o perfeccionismo e assuma riscos controlados”, aconselhou Tina Nunno, analista do Gartner.
A pesquisa do Gartner também revelou que a confiança dos presidentes de empresa na revolução proporcionada pela TI. Dois terços dos CEOs acreditam que a TI vai fazer grandes contribuições nesta década. “Os CIOs precisam estar na linha de frente para conduzir essas mudanças, desconstruindo e reinventando toda a TI”, disse Tina.
Para que a revolução seja por inteiro é preciso pensar no relacionamento da companhia dentro do conceito de mídia social. Afinal, 1,2 bilhão de pessoas, ou seja, 20% da população mundial já estão nas redes sociais, segundo dados do Gartner. Dessa forma, as companhias devem se aproveitar deste filão de mercado. “É preciso entrar no estágio de computação social, envolvendo fornecedores, funcionários e clientes aos sistemas da companhia”, disse Janelle Hill, analista do Gartner. Mas também aconselhou a melhor maneira de investir na fidelização dos clientes. “Não gaste seu todo o seu dinheiro investindo na lealdade dos clientes, invita na lealdade da sua empresa com o consumidor”, concluiu.
Para concluir os analistas concordam que a inovação será conseguida por meio da computação em nuvem. Cloud computing vai crescer cinco vezes mais rapidamente do que os gastos gerais das empresas com TI, sendo 19% anualmente até 2015. “Computação em nuvem é a ferramenta do futuro para otimizar os sistemas e oferecer serviços diferenciados, promovendo rapidez e mobilidade. A nuvem é a ferramenta que vai colaborar com a mudança de cultura e melhorar as experiências dos usuários na reinvenção da TI”, concluiu Janelle.
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