Eu não suporto silêncio. Ao chegar em casa, ligar a TV é a minha primeira providência. Viajo todo dia pro trabalho e fazer essa viagem sem uma musiquinha bacana me deprime. Trabalhar ao computador, malhar, passear, ir ao supermercado: se não tem conversa, tem música.
Mas ouvir música não é suficiente pra mim. Eu preciso de qualidade. Tenho que conseguir distinguir muito bem a linha do contra-baixo, ouvir cada nota fantasma da bateria, contar os backing vocals pelo número de vozes que fazem.
Portabilidade é outro fator muito importante. Eu carrego muita tralha pra cima e pra baixo todo dia - quanto menos espaço essas tralhas ocuparem, melhor. Resisti horrores à idéia de comprar um notebook - mas sou adepta eterna dos netbooks.
Tudo isso pra que todos compreendam como é importante pra mim o fato de eu ser usuária de um iPod Shuffle.
Quando meu assessor para assuntos informáticos e financeiros disse que era uma boa idéia, eu vibrei muito! Meu modelo é cor de rosa, pequenininho, tem a inscrição "worshiPod" no clip e é LIIINDO! Chamo-o de chicletinho. Coisa fofa da Pri. Ele me acompanhava pra toda parte. A ausência de display não era problema: eu tinha mil e uma listas de reprodução, cada uma pra um momento específico (caminhada, academia, relaxamento, leitura, viagem, etc...). Eu era uma usuária feliz.
Até que a lua de mel acabou.
Parodiando uma dessas bandas de forró de plástico, "iPod é feito capim, mas veja que absurdo - você compra, recebe depois vem o iTunes e acaba tudo". Sim, eu me arrependo de ter comprado um iPod toda vez que preciso usar o iTunes.
(continua)
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